A cirurgia torácica se dedica ao tratamento das doenças que afetam o pulmão, pleura, parede torácica, esôfago e mediastino. Com o avanço da tecnologia e das técnicas minimamente invasivas, o perfil da nossa atuação mudou profundamente.
Hoje, realizamos procedimentos com câmeras (videotoracoscopia ou VATS) e, em centros de referência, até com cirurgia robótica, que oferecem maior precisão, menor dor e recuperação mais rápida.
“A cirurgia torácica moderna é centrada no paciente: menos trauma, mais funcionalidade preservada e melhores resultados.”
– Detterbeck FC, Chest, 2013.
Avaliação, diagnóstico e decisão cirúrgica: o primeiro desafio
Antes de entrar no centro cirúrgico, nosso trabalho começa com uma etapa fundamental: a avaliação do paciente.
Atendemos frequentemente pessoas encaminhadas por pneumologistas, clínicos ou oncologistas com queixas como:
- Tosse crônica persistente
- Nódulo pulmonar em tomografia
- Hemoptise (sangue no escarro)
- Suor excessivo (hiperidrose)
- Infecções de repetição
- Suspeita de câncer de pulmão, pleura ou esôfago
Cada paciente é diferente. Precisamos analisar exames de imagem, testes respiratórios, histórico clínico e, muitas vezes, conduzir discussões multidisciplinares com outras especialidades para decidir a melhor conduta: observar, biopsiar ou operar.
A rotina cirúrgica: técnica, foco e precisão
As cirurgias torácicas são, por natureza, delicadas. Trabalhamos com estruturas nobres e sensíveis, como brônquios, vasos pulmonares, pleura e mediastino.
Na prática, nossa rotina inclui:
- Cirurgias para ressecção de tumores pulmonares ou de pleura
- Biópsias pulmonares em casos de doenças intersticiais
- Tratamentos cirúrgicos de bronquiectasias localizadas
- Procedimentos para hiperidrose (simpatectomia)
- Correções de pneumotórax recorrente
- Drenagens de derrame pleural ou empiema
- Avaliações intraoperatórias com broncoscopia ou mediastinoscopia
Em boa parte dos casos, optamos por abordagens minimamente invasivas, que favorecem a recuperação do paciente e reduzem o tempo de internação.
Seguimento e acolhimento no pós-operatório
Nosso papel não termina com o fim da cirurgia. O acompanhamento no pós-operatório é essencial para:
- Monitorar a função pulmonar
- Prevenir complicações (como infecções ou atelectasias)
- Tratar dor torácica de forma eficaz
- Orientar a reabilitação respiratória
- Garantir suporte emocional, especialmente em pacientes oncológicos
Trabalhamos em conjunto com fisioterapeutas, pneumologistas, psicólogos e equipe de enfermagem para que a recuperação seja segura e humanizada.
Integração com outras especialidades: o segredo dos bons resultados
O cirurgião torácico não trabalha sozinho. Participamos de discussões multidisciplinares semanais, reuniões com pneumologistas, oncologistas, radiologistas e patologistas, sempre com o objetivo de tomar a melhor decisão para cada caso.
Esse modelo de trabalho tem mostrado melhores desfechos clínicos, especialmente em câncer de pulmão e doenças complexas como a fibrose pulmonar e a bronquiectasia.
✅ Conclusão
O dia a dia de um cirurgião torácico é intenso, técnico e humano. Envolve decisões difíceis, trabalho em equipe, dedicação ao detalhe — e, principalmente, compromisso com o bem-estar de quem está respirando com dificuldade.
Na Inspire Med Respiratória, temos orgulho de unir tecnologia, experiência e acolhimento para oferecer um cuidado completo, da primeira consulta à recuperação.
📞 Se você recebeu indicação cirúrgica ou precisa de uma segunda opinião, conte com a nossa equipe. Estamos aqui para respirar junto com você.
Referências científicas
- Detterbeck FC, et al. The Role of Surgery in the Treatment of Lung Cancer. Chest. 2013;143(5 Suppl):e436S–e457S.
- Silvestri GA, et al. Evaluation of Pulmonary Nodules. Chest. 2013;143(5 Suppl):e93S–e120S.
- Bendixen M, et al. VATS Lobectomy vs. Open Lobectomy. Lancet Oncol. 2016;17(6):836–844.
- Chirieac LR, et al. Multidisciplinary Team in Lung Cancer Management. Curr Treat Options Oncol. 2017;18(12):73.